Frequentemente, gestantes se queixam por “pintas” novas ou pelo crescimento, escurecimento e até modificação de pintas preexistentes durante a gestação.
Sabemos que ao longo da vida as “pintas” podem modificar e também acontecer o aparecimento de pintas novas, principalmente no adolescente e adulto jovem.

Observe, nesta época da vida é também a época mais comum para uma mulher engravidar, assim é esperado que apareçam “pintas” novas e também que as preexistentes se modifiquem sem necessariamente ser devido a gestação.

Este assunto é controverso e muito discutido entre dermatologistas experientes e, na literatura científica.

Assim, o mais indicado para a gestante é manter  as mesmas orientações dadas para as pacientes não gestantes, ou seja, pintas novas e/ou preexistentes em crescimento rápido e/ou modificação devem ser avaliadas por dermatologista o mais breve possível. Na confirmação de modificações expressivas e na presença de estruturas suspeitas, a pinta deve ser retirada mesmo durante a gestação. Não podemos subestimar uma alteração na pinta de uma gestante, o essencial é não atrasar o diagnóstico.

Com isso, quando devo me preocupar?

2 eventos são esperados para acontecer:

1. As “pintas” preexistentes crescem em tamanho principalmente quando localizadas no abdome, flancos e mamas. Isso acontece pela expansão da pele no local. Enquanto que nos braços e pernas, não esperamos este crescimento.

2. As “pintas” preexistentes podem escurecer. Os melanócitos (células responsáveis pela pigmentação das “pintas”) possuem receptores sensíveis aos estrógenos e progesterona os quais podem influenciar a coloração da “pinta”. Após a gestação, as pintas tendem a clarear.

Estas alterações e outras diferentes das descritas acima devem ser avaliadas por dermatologista experiente o mais breve possível.

O autoexame é fundamental neste processo, procure se observar e até mesmo comparar com fotos pessoais prévias. Converse com o seu dermatologista.

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Dra Ana Flávia A Moraes

Referências:
Driscoll et al, 2016, JAAD. http://dx.doi.org/10.1016/j.jaad.2016.01.061
Cosgarea et al, 2021, Frontiers in Medicine. https://doi.org/10.3389/fmed.2021.727319

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